ÉRICO BRÁS RECEBE PRÊMIO COMO UM DOS NEGROS MAIS INFLUENTES DO MUNDO

Ator foi homenageado ao lado da mulher, a escritora Kenia Maria, em Nova York


Por Priscila Trummer


Além das risadas que arranca do público em filmes, seriados, peças e humorísticos , Érico Brás é um dedicado militante pela igualdade racial. É por conta desse engajamento que o ator, de 39 anos, e sua mulher, a escritora Kenia Maria  foram escolhidos para integrar a lista dos “100 negros mais influentes do mundo”, organizada pelo Mipad, (Most Influential People of African Descent), em Nova York – EUA , evento que reuni artistas e cidadãos que se posicionam contra o racismo e lutam em defesa dos direitos negros.

“O evento reuniu as 100 pessoas mais influentes do mundo e junto com minha esposa, Kenia, formamos o casal influente, o power couple. Isso tem a ver muito com o trabalho que a gente tem feito ao longo das nossas carreiras e das nossas vidas. Sou uma pessoa que venho do movimento negro da Bahia, sempre fiz teatro político. Para mim foi mais do que uma premiação, foi uma entrega de responsabilidade. Até porque, o evento serve para a gente poder elencar as necessidades e exigir dos estados brasileiros o cumprimento da lei e uma atenção maior à história do negro”, explica ele.

O casal se juntou a um time de grandes personalidades, como o ator Chadwick Boseman, protagonista do filme Pantera Negra; a Duquesa de Sussex Meghan Markle, o rapper Donald Glover; e o neto de Nelson Mandela, Nbaba Mandela.

Casados há sete anos, tanto Kenia quanto Érico, ocupam cargos importantes na ONU. A escritora é defensora da ONU Mulheres Negras, enquanto o ator e humorista atua como conselheiro consultivo do Fundo de População das Nações Unidas, além de ajudar com iniciativas para o governo brasileiro em decisões sociais.

“Caminhamos para chegar neste lugar de levar o debate sobre racismo no Brasil, intolerância religiosa e feminicídio para o continente inteiro. A felicidade vem junto com a responsabilidade, pois sabemos o peso e a importância que tem essa premiação”, diz Kenia, que conta com o apoio do marido.

Para Érico, o trabalho como humorista também presta um excelente serviço no momento político e social pelo qual o Brasil passa. “O humor é um gênero livre e perigoso. Mas no momento que estamos vivendo ele está servindo como uma arma de conscientização. Sempre usei o humor para dizer, questionar alguma coisa ou para comentar o raciocínio da sociedade brasileira, que ainda é extremamente preconceituosa. O humor pode ser simplesmente um besteirol, mas também pode estar a serviço da busca pela resposta do questionamento e tenho sempre feito isso”, conta Érico Brás.

Si te gustó compártelo!